Dia D Como foram as apresentações dos trabalhos?

24/10/2013 00:19

 

Fonte : Dom Total

Postado por Beatriz Pinheiro Tomaz

NOTÍCIAS

22/10/2013

VARIEDADE DE TÓPICOS E ABORDAGENS MARCA PROJETO INTERDISCIPLINAR

 

Material foi exposto no último sábado (19), durante ‘Dia D’.

A reinserção de ex-usuários de drogas, políticas públicas para o ensino superior, diversidade sexual e a Lei Seca foram alguns dos assuntos discutidos pela comunidade acadêmica da Dom Helder Câmara no último sábado (19), durante a apresentação de trabalho interdisciplinar produzido pelas turmas de 1º período. A atividade integrou a programação do‘Dia D’ e se destacou pela criatividade e empenho dos estudantes, que apresentaram blogs, pôsteres, vídeos e peças teatrais produzidos no decorrer do semestre.

“O tema geral do projeto era ‘Juventudes e Políticas Públicas’. Dentro dele, tivemos liberdade para escolher tópicos que nos motivassem, que despertassem nossa atenção. Dessa forma, decidimos falar sobre a reinserção de jovens ex-usuários de drogas”, explicou o aluno Wanderson Santana, que desenvolveu o trabalho juntamente com oito colegas de sala.

Segundo a equipe, o assunto é muito discutido pela mídia, mas existem poucas instituições públicas e privadas para reabilitar os jovens dependentes químicos. Em Belo Horizonte, o grupo identificou duas principais: a CREDEC e a Abraço. Ambas são clínicas particulares, mas que recebem apoio do governo.

Para desenvolver as pesquisas, foram entrevistados funcionários e pacientes que passaram instituições. Os alunos analisaram também a Lei 11.343, de 2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas; o Estatuto da Juventude e material bibliográfico sobre drogas e jovens usuários. O resultado foi apresentado em forma de pôster.

“Constatamos que, em ambas as instituições, o Estado concedeu benefícios financeiros e materiais para programas de reinserção social. No entanto, o apoio acaba quando os dependentes deixam o local de tratamento, o acompanhamento externo fica a cargo da família ou de conhecidos”, concluíram os alunos.

Para eles, o trabalho foi extremamente válido por estimular a pesquisa e ampliar os conhecimentos sobre temas atuais e importantes, que afetam toda a sociedade. “Foi possível também compreender melhor como funcionam as políticas públicas, se elas são apenas ‘propaganda’ para o Estado ou, de fato, garantidoras de direitos”, concluíram.

FIES

Já o grupo do estudante Leandro Gomes optou discutir as políticas públicas voltadas para o ensino superior e deu destaque especial ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além de discutir a finalidade do fundo, os alunos apresentaram levantamento com número de usuários atendidos desde a sua criação, em 1999, e apresentaram algumas críticas ao processo de distribuição do benefício. “Muitas pessoas que teriam condições de pagar acabam incluídas no Fies, tirando a chance de quem realmente precisa”, apontaram.

De qualquer forma, após vasto levantamento bibliográfico, o grupo optou por defender a iniciativa, avaliada como importante ferramenta de inclusão social e equidade para a juventude. “Apenas em 2012, mais de 900 mil pessoas foram beneficiadas, ampliando o acesso à educação superior”, completaram os alunos.

O resultado das pesquisas pode ser conferido no blog Caminhos do Ensino Superior.

Diversidade sexual

Outro tema abordado pelos estudantes foi a diversidade sexual, que ganhou blog com artigos, enquetes e fotos. Intitulada ‘Juventudes e Direito’, a plataforma foi elaborada pelo grupo de Davidson Sousa, da turma D1NC. Para desenvolver o trabalho, os alunos recorreram à pesquisa bibliográfica, mas buscaram também casos concretos e dados a respeito do tema.

Com relação ao casamento homossexual, por exemplo, eles apontam que ainda é pequeno o número de casais com a relação regularizada, tendo em vistas as barreiras colocas pela legislação brasileira. “Alguns casais optam por se casar em países como o Uruguai”, apontam.

Sobre o preconceito, os alunos acreditam que a sociedade está evoluindo e em breve o assunto será tratado com naturalidade. “Entre os jovens, a aceitação é maior. Vemos que os adultos e idosos são mais resistentes. É uma questão de tempo e cultura”, acreditam.

Veja também: Trabalho interdisciplinar discute o tema ‘Juventudes e Políticas Públicas’